A largo plazo: proyectos narrativos transtemporales en la Argentina contemporánea

Abstract

Mientras las experiencias vigentes en torno al tiempo parecen dominadas por la velocidad, la obsolescencia inmediata, el cortoplacismo, los trabajos que componen este dossier reúnen materiales estéticos heterogéneos en una serie cultural que esboza modos alternativos de procesar, habitar, reimaginar la temporalidad. A través del análisis propuesto, obras literarias, cinematográficas y teatrales de la Argentina contemporánea entran en diálogo en función de una apuesta común por el largo plazo, por la larga duración como unidad de medida para sus respectivos proyectos narrativos. Así, el tiempo recupera la centralidad extraviada en las imaginaciones narrativas -y las reflexiones críticas-, pero lo hace bajo las formas del cuestionamiento de su percepción, la discontinuidad de sus ritmos y cronologías, la interrogación sobre lo que significa habitar el tiempo y la apertura a las distintas temporalidades que se acoplan, descomponen o soslayan detrás de ese uso del singular.

While current experiences around time seem dominated by speed, immediate obsolescence and the short-termism, the works that make up this dossier bring together heterogeneous aesthetic materials in a cultural series that outlines alternative ways of processing, inhabiting, reimagining temporality. Through the proposed analysis, literary, cinematographic and theatrical works of contemporary Argentina enter into a dialogue based on a common commitment to the long term, to long duration as a unit of measurement for their narrative projects. Thus, time recovers the lost centrality in narrative imaginations –and critical reflections–, but it does so in the form of questioning its perception, the discontinuity of its rhythms and chronologies, the interrogation of what it means to inhabit time and the opening to the different temporalities that are coupled, descompose or ignored behind this use of the singular

Enquanto as experiências atuais em torno do tempo parecem dominadas pela velocidade, obsolescência imediata, curto prazo, os artigos que compõem este dossiê reúnem materiais estéticos heterogêneos em uma série cultural que delineia formas alternativas de processar, habitar, reimaginar a temporalidade. Através da análise proposta, as obras literárias, cinematográficas e teatrais da Argentina contemporânea dialogam a partir de um compromisso comum com o longo prazo, com a longa duração como unidade de medida de seus respectivos projetos narrativos. Assim, o tempo recupera a centralidade perdida na imaginação narrativa -e na reflexão crítica-, mas o faz na forma de questionar sua percepção, a descontinuidade de seus ritmos e cronologias, a interrogação sobre o que significa habitar o tempo e a abertura às diferentes temporalidades que se acopla, se decompõem ou se ignora por trás desse uso do singular.