Redes sociais e política na Argentina

Abstract

Ativistas, políticos e organizações sociais têm a capacidade de transmitir opiniões e promover a desobediência civil, ignorando as rotas de informação delineadas por jornalistas e meios de comunicação tradicionais. Essa tensão colocada na definição de agendas convencionais representa um desafio para as hipóteses dos modelos de comunicação estudados. Este artigo reflete sobre as relações políticas e sociais que se refletem na rede do Twitter, onde a conversa virtual promove polarização política, consolida hierarquias da mídia, estabelece um diálogo único entre as agendas políticas, midiáticas e públicas, e fortalece a concentração de conteúdo gerado por usuários de alto escalão, cujo prestígio político, social, econômico e cultural não se altera com seu ingresso às redes.

Activists, politicians and social organizations have the ability to convey opinions and promote civil disobedience by skipping the information routes outlined by journalists and traditional media. This tension placed on the definition of conventional agendas poses a challenge to the hypotheses of the communication models studied. This article reflects on the political and social relationships that are reflected in the Twitter network, where the virtual conversation promotes political polarization, consolidates media hierarchies, establishes a unique dialogue between the political, media and public agendas, and strengthens the concentration of content generated by high-ranking users, whose political, social, economic and cultural prestige is not altered by their entry into the networks.