Memorias insolentes o el V Centenario bajo la lupa de la risa: Colón (Teatro de los Andes, 1992)

Abstract

Este ensayo se interroga por los trabajos de memoria sobre el trauma de 1492 –la conquista americana– que, en una sensible coyuntura conmemorativa, realizó en Bolivia el grupo Teatro de los Andes con su primer espectáculo, Colón (1992). Nuestro trabajo da cuenta de las condiciones sociohistóricas y materiales que hicieron posible la obra y propone una lectura atenta a sus dimensiones visual, dramatúrgica y semántica. Colón fue punto de arranque tanto de reflexiones políticas e históricas, como de prácticas de experimentación estético-performáticas: a través de ella, el grupo –diverso en su conformación, donde convivían lo andino y lo europeo– repensó el trauma de origen de la identidad boliviana –la violencia colonizadora–, observando los cruces, préstamos, imposiciones y silenciamientos culturales.

Este ensaio é questionado pelas obras de memória sobre o trauma de 1492 –a conquista americana– que, numa sensível conjuntura comemorativa, fez na Bolívia o Teatro de los Andes com seu primeiro espetáculo: Colón (1992). Nosso trabalho dá conta das condições sócio-históricas e materiais que tornaram possível o trabalho e propõe uma leitura cuidadosa de suas dimensões visual, dramatúrgica e semântica. Colón foi o ponto de partida tanto de reflexões políticas e históricas, quanto de práticas de experimentação estético-performativa: através dele, o grupo –diverso em sua conformação, onde coexistiam andinos e europeus– repensou o trauma da origem identitária boliviana –violência colonizadora–, observando as conexões, empréstimos, imposições e silenciamentos culturais.

This essay examines Colón (1992), the first theatrical work by Teatro de los Andes, which deals with the traumatic memory of the conquest of the Americas in 1492. Our work gives an account of the sociohistorical and material conditions that enabled the play’s staging in Bolivia, and proposes a careful reading of its visual, dramaturgical, and semantic dimensions. Colón inspired both political and historical reflections, as well as aesthetic-performative experimentation: in the play, the group –diverse in its Andean and European configuration– rethought the trauma of the origin of Bolivian identity (the violence of colonization), highlighting the exchanges, loans, impositions, and cultural silencing.