Agricultura Familiar y Participación: modelos de gestión en programas de desarrollo en el nordeste argentino a principios del siglo XXI

Abstract

Esta investigación aborda las características que asume la participación en los dispositivos estatales de agricultura familiar a escala subnacional, en relación con el modelo de gestión y las políticas estatales. Nos interesa observar cómo la participación se implica en cada dispositivo y cómo se define el modelo de gestión en concomitancia con las dimensiones de análisis propuestas: origen de los dispositivos, objetivos y funciones, marco normativo e institucional y noción de agricultura familiar implicada. Para ello, nos proponemos analizar los tipos de participación que caracterizan modelos de gestión de dos dispositivos orientados a la agricultura familiar: el Instituto de Agricultura Familiar y Economía Popular (IAFEP, Provincia de Chaco), centrándonos en los Consorcios de Servicios Rurales y el Instituto Provincial de Acción Integral para el Pequeño Productor Agropecuario (PAIPPA, Provincia de Formosa), focalizando en las Ferias Francas. La investigación, de carácter exploratorio, se organiza desde un enfoque metodológico cualitativo. Asimismo, recurre a fuentes primarias (entrevistas semi-estructuradas realizadas vía remota durante los meses de abril y mayo de 2021) y secundarias, centralmente artículos académicos, reportes de prensa e informes oficiales. Para finalizar, concluimos que un modelo de gestión reúne dispositivos de intervención disímiles que pueden incluso no ceñirse a las caracterizaciones taxativas y permiten tensionar la propia categoría de participación.

This research addresses the characteristics ofparticipation in the state mechanisms of family farming at a subnational scale, in relation to the management model and state policies. We are interested in observing how participation is involved in each mechanism and how the management model is defined in conjunction with the analysis dimensions proposed: origin, objectives and functions of the mechanisms, regulatory and institutional framework, and the notion of family farming involved. To do this, we analyze the types of participation that characterize management models of two state agencies oriented to family farming: the Institute of Family Agriculture and Popular Economy (IAFEP, Province of Chaco), in which we focused on the Rural Services Consortiums, and the Provincial Instituteof Comprehensive Action for Small Agricultural Producers (PAIPPA, Province of Formosa), focusing on Free Fairs. The exploratory research was designed following a qualitative methodological approach. We used primary sources (semi-structured interviews conducted online during April and May 2021) and secondary sources, mainly academic articles, press reports and official reports. Finally, we conclude that a management model brings together dissimilar intervention devices which may even disagree with the strict characterizations, and bring into question the category of participation itself.

Esta pesquisa aborda as características assumidas pela participação nos mecanismos estatais da agricultura familiar em escala subnacional, no que se refere ao modelo de gestão e às políticas estatais. Interessa-nos observar como a participação está envolvida em cada dispositivo e como se define o modelo de gestão em conjunto com as dimensões de análise propostas: origem dos dispositivos, objetivos e funções, marco regulatório e institucional e noção de agricultura familiar envolvida. Para tanto, propomos analisar os tipos de participação que caracterizam os modelos de gestão de dois dispositivos voltados à agricultura familiar: o Instituto de Agricultura Familiar e Economia Popular (IAFEP, Província do Chaco), com foco nos Consórcios de Serviços Rurais e no Instituto Provincial de Ação Integral para Pequenos Produtores Agropecuários (PAIPPA, Província de Formosa), com foco nas Feiras Francas. A pesquisa, de natureza exploratória, está organizada a partir de uma abordagem metodológica qualitativa. Da mesma forma, recorre a fontes primárias (entrevistas semiestruturadas realizadas à distância durante os meses de abril e maio de 2021) e a fontes secundárias, principalmente artigos acadêmicos, notícias da imprensa e relatórios oficiais. Por fim, concluímos que um modelo de gestão reúne dispositivos de intervenção dissimiles que podem inclusive não se ajustar às caracterizações taxativas e permitem tensionar a própria categoria de participação.