Prestamista, garante y deudor: el FMI en América Latina y el Caribe en la década posterior a la crisis financiera

Abstract

Luego de un lustro de repliegue, durante el estallido de la crisis financiera internacional, el G20 posicionó nuevamente al FMI como una institución financiera internacional relevante. Aunque buena parte de sus créditos fueron a Europa, el Fondo también tuvo una presencia activa en América Latina y el Caribe. Apoyado en una metodología cualitativa y cuantitativa, el presente trabajo analiza, desde una perspectiva de economía política, la evolución y las características del vínculo financiero entre el FMI y la región durante el decenio posterior a la crisis financiera global. Se propone que, debido a los cambios en su política crediticia y las diferentes necesidades de los países de la región, el FMI desempeñó tres roles luego de la crisis: prestamista, garante e, inéditamente, deudor.

Após uma retirada brilhante, durante a eclosão da crise financeira internacional, o G20 colocou novamente o FMI como uma instituição financeira internacional relevante. Embora muitos de seus créditos fossem para a Europa, o Fundo também tinha presença ativa na América Latina e no Caribe. Com base em uma metodologia qualitativa e quantitativa, este trabalho analisa, a partir de uma perspectiva de economia política, a evolução e as características do vínculo financeiro estabelecido entre o FMI e a região durante a década posterior à crise financeira global. Propõe-se que, devido às mudanças em sua política de crédito e às diferentes necessidades dos países da região, o FMI desempenhou três papéis após a crise: credor, garantidor e, sem precedentes, devedor.

After a brilliant retreat, during the emergence of the global financial crisis, the G20 placed the IMF again as a relevant international financial institution. Although a large part of its credit to Europe, the Fund also had an active presence in Latin America and in the Caribbean. Based on a qualitative and quantitative methodology, this paper analyzes, from a political economy perspective, the evolution and characteristics of the financial bond between the IMF and the region during the decade that followed the financial crisis. It is proposed that due to the changes in its credit policy and the different needs of the countries of the region, the IMF played three different roles after the crisis: creditor, guarantor and, unprecedentedly, debtor.