Cuerpo e imagen: hacia un desajuste de la sensación en la estética de Gilles Deleuze

Abstract

La filosofía del arte de Deleuze presta atención a los diversos modos en que se quiebra la lógica de la representación. Sus análisis sobre ciertas prácticas artísticas funcionan como un aparato crítico del esencialismo. En este trabajo nos interesa ver cómo la problematización de la corporalidad es parte del esfuerzo deleuziano de superación de la representación. Esto se traduce en una particular lógica de la sensación, dentro de la cual no se puede construir estratos cerrados ni reducidos a formas identitarias. Por el contrario, la sensación está desajustada en la medida en que circulan fuerzas que actúan sobre los cuerpos y los transforman constantemente. Para comprender tal desviación, nos proponemos analizar conceptos como “cuerpo sin órganos”, “haecceidad” y “devenir minoritario”, y observar cómo algunas prácticas artísticas hacen operar esas nociones en el marco de un desarreglo de la sensación.

Deleuze’s philosophy of art pays attention to the various ways in which the logic of representation is challenged. His analysis of certain artistic practices function as a critical apparatus of essentialism. It is interesting in this work to see how the problematization of corporeality is part of the Deleuzian effort to overcome representation. This translates into a particular logic of sensation, within which it is not possible to build closed strata or reduce them to identity forms. On the contrary, the sensation is incorrectly adjusted to the extent that forces circulate that act on the bodies and constantly transform them. To understand such deviation, we propose to analyze concepts such as “body without organs”, “haecceity” and “becoming a minority”, and to observe how some artistic practices make these notions operate within the framework of a derangement of sensation.

A filosofia da arte de Deleuze se concentra nos diversos modos em que a lógica da representação é rompida. Suas análises sobre certas práticas artísticas funcionam como um aparato crítico do essencialismo. Neste trabalho nos interessa ver como a problematização da corporalidade é parte do esforço deleuziano de superação da representação. Isto se traduz em uma lógica particular da sensação, dentro da qual não é possível construir estratos fechados nem reduzidos a formas identitárias. Pelo contrário, a sensação está desajustada na medida em que circulam forças que atuam sobre os corpos e os transformam constantemente. Para compreender tal desvio, nós nos propomos a analisar conceitos como corpo sem órgãos, hecceidade e devir-minoritário, e observar como algumas práticas artísticas fazem operar essas noções no contexto de uma desordem da sensação.