Asistir a clase: ¿Placer u obligación? Tensiones docentes en torno al registro de la asistencia estudiantil en un Bachillerato Popular

Abstract

Este artículo analiza la diversidad de sentidos existentes en torno a la práctica docente de registrar la asistencia estudiantil a clase en un Bachillerato Popular de la ciudad de Córdoba, Argentina. Me intereso en el análisis de esta práctica en tanto la misma motivó recurrentes debates entre quienes participaron como docentes de esta experiencia educativa. Analizando la problemática desde un enfoque antropológico relacional sostengo, en primer lugar, la importancia de dar cuenta de la heterogeneidad de prácticas y sentidos existentes en las experiencias de educación popular, las cuales suelen ser presentadas desde gran parte de las investigaciones como ámbitos homogéneos y exentos de contradicciones internas. En segundo lugar, rastreo la vinculación constante entre lo ocurrido en el Bachillerato en relación al registro de la asistencia y las prácticas, sentidos y rituales provenientes del universo educativo estatal. Como conclusión principal propongo que las experiencias educativas de los movimientos sociales deben ser analizadas en su relación o dinámica mimética con el sistema educativo hegemónico antes que a partir de una atribución anticipada de sus supuestas características contra-hegemónicas.

Este artigo analisa a diversidade de sentidos existente quanto à prática dos educadores de registrar a frequência escolar às aulas em um Bachillerato Popular desenvolvido por um movimento social na cidade de Córdoba, Argentina. O foco é a análise dessa prática, que originou debates recorrentes entre os educadores participantes da experiência educativa. Analisando a problemática de uma perspectiva antropológica relacional, primeiramente afirmo a importância de expor a heterogeneidade de práticas e sentidos existente nas experiências de educação popular que, na maioria das pesquisas, costumam ser apresentadas como homogêneas e livres de contradições internas. Em segundo lugar, identifico, no contexto do Bachillerato, o vínculo constante entre o registro da frequência e as práticas, os sentidos e os rituais que pertencem ao universo da educação estatal. A principal conclusão é que as experiências educativas dos movimentos sociais devem ser analisadas na sua relação ou dinâmica mimética com o sistema educativo hegemônico e não a partir de uma atribuição antecipada de suas supostas características contra-hegemônicas.

This article analyzes the diversity of meanings that surround the teaching practice of keeping track of student attendance in a Popular High School set up by a social movement in the city of Córdoba, Argentina. My interest in the analysis of this practice derives from the fact that it has promoted recurring debates among the teachers who participated in this educational experience. Analyzing the matter from a relational anthropological approach, firstly, I argue the importance of accounting for the heterogeneity of practices and meanings present in the experiences of popular education which, most of the existing research usually depicts as being homogeneous and free of internal contradictions. Secondly, I trace the ongoing relationship between the events which took place concerning the registration of attendance in the High School and the practices, meanings, and rituals derived from the state’s educational realm. As the main conclusion, I propose that educational experiences of social movements should be analyzed in light of their relationship or mimetic dynamic with the hegemonic educational system rather than from an anticipated attribution of a supposedly counter-hegemonic nature.