El rol de la cooperación científica en los procesos de modernización de la ciencia argentina durante los años 60

Abstract

Este trabajo se propone analizar los alcances de la cooperación científica internacional en los procesos de modernización de la ciencia en la región. En esta dirección, se detiene en el accionar de algunas instituciones emblemáticas que actuaron a mediados del siglo XX. Entre ellas, se analiza el caso particular de la Fundación Ford y su rol en el subsidio a la ciencia argentina durante la “Edad de Oro” de las universidades nacionales. La confluencia de recursos financieros y evaluaciones expertas sobre grupos e instituciones científicas en proceso de emergencia, fortalecimiento y desarrollo, ilustra un modo histórico de intervención de agencias de cooperación en la construcción de comunidades científicas modernas. Para el caso de la Fundación Ford se muestra el impacto de sus acciones en el establecimiento de infraestructuras, la facilitación de visitas de expertos al país, la formación de doctores en el exterior entre otros destinos relacionados con el desarrollo de la investigación, y la formación universitaria de grado y posgrado de un conjunto de disciplinas científicas. Las ayudas financieras fueron una modalidad típica de cooperación destinada a países en desarrollo durante la posguerra y a lo largo de la Guerra Fría, pero tuvieron rasgos específicos en Argentina por su finalidad, sus impactos y las controversias que giraron en torno a la intencionalidad de los donantes y sus emplazamientos geopolíticos. La llegada de expertos al país para observar el estado de la ciencia nacional y la situación de los grupos de investigación beneficiados por los subsidios generó un corpus de información evaluativa sin precedentes que colaboró con la construcción simbólica de la ciencia argentina, sus problemas y perspectivas. En este sentido, el caso de los “subsidios Ford” ejemplifica los modos históricos en que se expresa el protagonismo de la cooperación internacional, específicamente la norteamericana, en la constitución de institucionalidades modernas para la ciencia periférica.

Este trabalho tem como objetivo analisar o escopo da cooperação científica internacional nos processos de modernização da ciência na região. Nesse sentido, foca-se nas ações de algumas instituições emblemáticas que agiram em meados do século XX. Entre elas, é analisado o caso particular da Fundação Ford e o seu papel no subsidio à ciência argentina durante a “Idade de Ouro” das universidades nacionais. A confluência de recursos financeiros e avaliações especializadas sobre grupos e instituições científicas em processo de emergência, fortalecimento e desenvolvimento, ilustra um modo histórico de intervenção de agências de cooperação na construção de comunidades científicas modernas. No caso da Fundação Ford, é mostrado o impacto de suas ações no estabelecimento de infraestruturas, na facilitação de visitas de especialistas ao país, na formação de doutores no exterior, entre outros destinos relacionados ao desenvolvimento de pesquisas, e à formação universitária de graduação e pós-graduação de um conjunto de disciplinas científicas. A ajuda financeira foi uma modalidade típica de cooperação para os países em desenvolvimento no período de pós-guerra e durante a Guerra Fria, mas teve características específicas na Argentina devido à finalidade, impactos e controvérsias que giravam em torno à intencionalidade dos doadores e suas localizações geopolíticas. A chegada de especialistas no país para observar o estado da ciência nacional e a situação dos grupos de pesquisa beneficiados pelos subsídios gerou um corpus de informações avaliativas sem precedentes que colaborou com a construção simbólica da ciência argentina, seus problemas e perspectivas. Nesse sentido, o caso dos “subsídios Ford” exemplifica os modos históricos de expressão do protagonismo da cooperação internacional - especificamente a norte-americana - na constituição de institucionalidades modernas para a ciência periférica.

This work proposes to analyze the scope of international scientific cooperation in the modernization processes of science in the region. To this end, it highlights the actions of some emblematic institutions that acted in the mid-20th century. Among them, the specific case of the Ford Foundation is analyzed, and its role in the subsidy of Argentine science during the “Golden Age” of national universities. The meeting of financial resources and expert assessments of groups and scientific institutions in the processes of emerging, strengthening and developing, illustrates an historic way of intervening in agencies that cooperate in building modern scientific communities. In the case of the Ford Foundation, the impact of its actions on the establishment of infrastructure, enabling experts to visit the country, training doctors abroad and in other areas related to research development and university education at the graduate and postgraduate levels in a range of scientific fields. Financial aid was a typical form of cooperation targeted at developing countries during the post-war era and Cold War. But they had specific characteristics in Argentina due to their objective, effects and the controversies that surrounded the intentions of the donors and their geopolitical orientation. The arrival of experts in the country to observe the status of the nation’s science and the situation of research groups benefited by the subsidies created a body of assessment information without precedent that collaborated to the symbolic construction of Argentine science, its problems and perspectives. In this regard, the case of the “Ford subsidies” illustrates the historic ways that the prominence of international cooperation, specifically North American, is expressed in the foundation of modern institutions for science on the periphery