Concepciones del espacio y ordenamiento territorial: Hacia una renovación de las estrategias de conservación en áreas protegidas

Abstract

En tiempos recientes se han vuelto evidentes la incapacidad de generar modelos adecuados de uso del espacio para las áreas protegidas y las consecuencias que esto acarrea para el alcance de los objetivos de conservación. Hay indicios de la necesidad de renovar las estrategias de conservación y de incorporar las visiones de las ciencias sociales y las humanidades. El desafío actual nos lleva a cuestionarnos cuál podría ser el verdadero aporte de estas ciencias en la conservación y cómo lograr incorporar la dimensión humana para alcanzar el verdadero potencial de transformación de los paradigmas vigentes. Mediante un análisis conceptual crítico se propuso el objetivo de reinterpretar los conceptos de espacio y ordenamiento territorial, y realizar una contribución al debate global sobre la renovación en las estrategias tradicionales de conservación de la biodiversidad. Estos análisis fueron orientados a repensar el espacio de las áreas protegidas como un espacio complejo que debe dar respuesta a múltiples visiones y necesidades. Los resultados permitieron clarificar cuál podría ser el rol de las ciencias sociales en este proceso de renovación. Además, han permitido realizar una serie de propuestas ypremisas para repensar las formas actuales de intervención y manejo de estos espacios.

In recent years, have become evident the inability to generate adequate models of land use in protected areas and the consequences for the achievement of conservation goals. Many influential conservation scientists have long recognized the need to renew conservation strategies incorporating the visions of the social sciences and the humanities. The current challenge leads us to wonder what the true contribution of these sciences could be and how to incorporate the human dimension to achieve the true potential for transformation of the current paradigms. Through a critical conceptual analysis and addressing the current problematic situation of protected areas, the objective was to reinterpret the key concepts of space and land use planning to make contributions to the global debate on how to achieve an effective renewal in traditional biodiversity conservation strategies and rethink the space of protected areas as a complex space that must respond to multiple visions and needs. The results made it possible to clarify what role the social sciences could play in this process of renewal, synthesizing many of the claims that so far have not had much attention in the context of protected areas. In addition, it was possible to make a series of proposals to rethink the current forms of intervention and management of these spaces through premises that should serve as a guide when initiating planning processes and defining management strategies.

Nos últimos anos, a incapacidade de gerar modelos adequados de uso do espaço para áreas protegidas e as consequências que isso tem para a consecução dos objetivos de conservação foram reconhecidas. A necessidade de renovar estratégias de conservação foi evidenciada incorporando as visões das ciências sociais e humanas. O desafio atual nos leva a questionar qual é a verdadeira contribuição dessas ciências na conservação e como incorporar a dimensão humana para alcançar o verdadeiro potencial de transformação dos paradigmas atuais. Por meio de uma análise conceitual crítica e abordando a atual situação problemática das áreas protegidas, foi proposto o objetivo de reinterpretar os principais conceitos de ordenamento territorial e espacial, contribuir para o debate global sobre como alcançar uma renovação efetiva nas estratégias tradicionais de conservação da biodiversidade e repensar o espaço das áreas protegidas como um espaço complexo que deve responder a múltiplas visões e necessidades. Os resultados possibilitaram esclarecer qual o papel que as ciências sociais poderiam desempenhar nesse processo de renovação. Além disso, eles possibilitaram fazer uma série de propostas para repensar as formas atuais de intervenção e gerenciamento desses espaços.