Arqueologia de contrato, mega-mineração e patrimonialização na argentina

Abstract

Este artigo demonstra que as atividades da arqueologia de contrato voltadas para grandes projetos de mineração na Argentina estão articuladas com um discurso global sobre patrimônio que busca patrimonializar lugares de memória Indígena. No entanto, esses movimentos hegemônicos para a criação de um sentido do real - que posiciona a mineração como uma realidade inevitável e, até mesmo, desejada e as empresas de mineração como atores sensíveis e responsáveis - são confrontados pelas forças contra-hegemônicas, entre as quais são proeminentes as narrativas atuais de aboriginalidade.

This paper shows that contract archaeology activities geared to large mining projects in Argentina articulates with a global discourse on heritage that seeks to patrimonialize places of Indigenous memory. However, these hegemonic moves for the creation of a sense of the real — which positions mining as an unavoidable and even desired reality and mining corporations as sensitive and responsible actors — are confronted by counter-hegemonic forces, among which current narratives of aboriginality are prominent.