Libro
Globalização do agronegócio e Land grabbing. A atuação das megaempresas argentinas no Brasil
Bernardez Aldao, Julia; Frederico, Samuel; Gras, Carla Sylvina
; Hernández, Valeria Silvina; Maldonado, Gabriela Ines
; Castro de Almeida, Marina; Picciani, Ana Laura
; Sosa, Andrea Patricia
; Cavalcanti do Nascimento, Rodrigo; Chiulli Guida, Larissa
Fecha de publicación:
2017
Editorial:
Editorial Lamparina
ISBN:
978 85 8316 047 2
Idioma:
Portugues
Clasificación temática:
Resumen
O início do século XXI marcou a chegada de uma nova safra de capitalistas na agricultura mundial. Trata-se da significativa presença do capital financeiro internacional, representado por diversos tipos de fundos (pensão, soberanos, hedge, endowments, private equity), corporações (bancos, seguradoras e empresas) e indivíduos de alta renda, sobretudo, nos países de maior dinamismo agrícola e com a disponibilidade de espaços para a expansão da agricultura moderna como o Brasil e Argentina. Este fenômeno se insere em uma dinâmica mundial de investimento em terra e na produção agrícola, decorrente, sobretudo da significativa elevação dos preços dos alimentos ao longo da década de 2000 e da crise financeira de 2007/2008, no que se convencionou denominar ?global land grabbing?. De maneira geral, o atual fenômeno de land grabbing, apesar de variado em origem, destino e impacto e ainda inconclusivo, pode ser definido pelo uso intensivo de capital para o controle (control grabbing) de terras e recursos como forma de acumulação e resposta à conjugação das atuais crises financeira, energética, alimentar e ecológica do projeto de globalização neoliberal. O monitoramento realizado desde 2000 pela organização The Land Matrix revela que até abril de 2016, mais de 40 milhões de hectares de terras com potencial de conversão agrícola haviam sido adquiridos, sobretudo, por investidores institucionais em todo o mundo. Ainda que os dados estejam subestimados, pela dificuldade em se ter acesso às informações sobre todas as transações realizadas, pode-se afirmar que testemunhamos uma integração sem precedentes entre o capital financeiro e a propriedade da terra, ao menos na escala ? pela abrangência mundial e quantidade de terras envolvidas - e na lógica atual de atuação, com a transformação da terra em um ativo do portfólio de investidores institucionais. Todavia, os investimentos na produção agrícola e terras não se restringem aos tradicionais movimentos Norte-Sul. São cada vez mais comuns investimentos cruzados entre países periféricos, como no caso sul-americano. Dessa forma, este livro se propõe a analisar a atuação de um seleto grupo de megaempresas argentinas. Na sua maioria são empresas agropecuárias de origem familiar que alcançaram grandes escalas produtivas e que, a partir de sua articulação com o capital financeiro internacional na década de 2000, expandiram seus investimentos para países vizinhos, especialmente para o Brasil, o Uruguai, o Paraguai e a Bolívia. Apesar de possuírem muitas características e processos comuns, cada uma delas adotou sua própria estratégia de acumulação, com diferenciadas formas de atuação territorial, inserção nas cadeias de valor e relação com o capital financeiro internacional. Para a interpretação do atual fenômeno de land grabbing, a partir da atuação das megaempresas argentinas, este livro reúne contribuições de geógrafos, sociólogos e antropólogos vinculados ao projeto de cooperação Brasil-Argentina intitulado ?Globalização do agronegócio e território as estratégias das empresas translatinas no Brasil e Argentina? e financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no Brasil, em parceria com o Ministerio de Ciencia, Tecnología e Innovación Productiva (Mincyt), na Argentina. Sendo assim, este livro agrega diferentes perspectivas teóricas, metodológicas e reflexões conduzidas pelo desafio do diálogo interdisciplinar. Assim, o livro traz oito capítulos separados em duas partes com quatro artigos cada. Enquanto a Primeira Parte apresenta uma perspectiva mais ampla da relação entre o capital financeiro e o fenômeno de land grabbing e algumas de suas consequências territoriais, a Segunda Parte traz a análise das estratégias e formas de atuação de quatro paradigmáticas megaempresas argentinas: El Tejar, Cresud (BrasilAgro), Los grobo e Adecoagro.
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Formato:
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Citación
Bernardez Aldao, Julia; Frederico, Samuel; Gras, Carla Sylvina; Hernández, Valeria Silvina; Maldonado, Gabriela Ines; et al.; Globalização do agronegócio e Land grabbing. A atuação das megaempresas argentinas no Brasil; Editorial Lamparina; 2017; 184
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