Sentidos de la militancia en Argentina y Brasil: análisis de los significados asignados al compromiso político en tres generaciones de militantes

Abstract

Objetivo: identificar, a partir del análisis comparativo, las concepciones del compromiso político en la militancia oficialista en los gobiernos kirchneristas (2003-2015) en Argentina y del Partido de los Trabajadores (2003-2016) en Brasil. Metodología: desde una perspectiva cualitativa, se abordaron tres grupos de militantes mediante 28 entrevistas semiestructuradas realizadas entre 2005 y 2015, según un criterio generacional: el momento histórico de inicio de su militancia juvenil (años ochenta; noventa y hasta 2002; y, finalmente, quienes se iniciaron en la militancia política luego de la llegada de Kirchner y Lula al poder). Resultados: dos ejes aparecieron con regularidad en los testimonios. En primer lugar, los sentidos asociados a la militancia, en los que se advertía una diferenciación marcada entre generaciones, sobre todo con definiciones respecto de un pasado con vínculos más estables, mayores niveles de compromiso, predisposición militante y formación política. En segundo lugar, la cuestión de la militancia en el marco de la inserción gubernamental de las organizaciones de pertenencia, con el fenómeno de profesionalización militante y las modalidades de articulación entre la función pública y las tareas político-organizativas. Conclusiones: en el primer eje, el análisis comparativo entre generaciones militantes se perfiló como una clave sugerente para pensar las transformaciones del vínculo político, las prácticas y las concepciones sobre la militancia. En el segundo eje, aunque el análisis por generaciones de militancia juvenil arroja conclusiones sugerentes respecto de las concepciones y tensiones intergeneracionales, algunas lecturas y sentidos atravesaban a los tres grupos, y dependían más bien de la organización de pertenencia.

Objective: to identify, from the comparative analysis, the conceptions of political commitment in the pro-government militancy in the Kirchnerist governments (2003-2015) in Argentina and the Workers' Party (2003-2016) in Brazil. Methodology: from a qualitative perspective, three groups of militants were approached through 28 semi-structured interviews carried out between 2005 and 2015, according to a generational criterion: the historical moment of the beginning of their youth militancy (1980s; 1990s and until 2002; and, finally, who began in political militancy after the arrival of Kirchner and Lula to power). Results: two axes appeared regularly in the testimonies. In the first place, the meanings associated with militancy, in which a marked differentiation between generations was noted, especially with definitions regarding a past with more stable ties, higher levels of commitment, militant predisposition and political training. Second, the question of militancy in the framework of the governmental insertion of the organizations of belonging, with the phenomenon of militant professionalization and the modalities of articulation between the public function and the political-organizational tasks. Conclusions: in the first axis, the comparative analysis between militant generations emerged as a suggestive key to think about the transformations of the political link, the practices and the conceptions about the militancy. In the second axis, although the analysis by generations of youth activism yields suggestive conclusions regarding intergenerational conceptions and tensions, some readings and meanings crossed the three groups, and rather depended on the organization of belonging.

Objetivo: identificar, a partir da análise comparativa, as concepções de compromisso político na militância pró-governo nos governos Kirchneristas (2003-2015) na Argentina e no Partido dos Trabalhadores (2003-2016) no Brasil. Metodologia: numa perspectiva qualitativa, três grupos de militantes foram abordados através de 28 entrevistas semiestruturadas realizadas entre 2005 e 2015, segundo um critério geracional: o momento histórico do início da militância juvenil (anos 1980; 1990 e até 2002; e, por fim, que começou na militância política após a chegada de Kirchner e Lula ao poder). Resultados: dois eixos apareceram regularmente nos depoimentos. Em primeiro lugar, os significados associados à militância, em que se notou uma diferenciação marcante entre as gerações, especialmente com definições sobre um passado com laços mais estáveis, níveis mais elevados de comprometimento, predisposição militante e formação política. Em segundo lugar, a questão da militância no quadro da inserção governamental das organizações de pertença, com o fenômeno da profissionalização militante e as modalidades de articulação entre a função pública e as tarefas político-organizacionais. Conclusões: no primeiro eixo, a análise comparativa entre gerações de militantes surgiu como chave sugestiva para pensar as transformações do vínculo político, das práticas e das concepções sobre a militância. No segundo eixo, embora a análise por gerações do ativismo juvenil produza conclusões sugestivas a respeito das concepções e tensões intergeracionais, algumas leituras e significados cruzaram os três grupos e dependeram antes da organização de pertencimento.