Ritos de pasaje en la carrera de periodistas jóvenes

Abstract

Este artículo se propone analizar los ritos de pasaje de los jóvenes periodistas durante la etapa de inserción laboral en las salas de redacción de dos diarios argentinos: Página/12 y Tiempo Argentino. A partir de un estudio etnográfico realizado entre los años 2011 y 2015, se indagó en los aprendizajes y las experiencias que los recién llegados a los medios de prensa atravesaron durante su formación como periodistas en el marco de rutinas de trabajo en ambas salas de redacción. Dado que en Argentina el ejercicio del periodismo no demanda la pertenencia a un organismo colegiado ni el seguimiento de normas formalmente instituidas, el análisis se concentró en las convenciones o reglas informales en función de las cuales los jóvenes comienzan a percibirse, y a ser percibidos por los demás, como periodistas. Estas prácticas remiten específicamente a la identificación de los hechos noticiables y la construcción de un vínculo con las fuentes de información. La realización de ambas prácticas, y la concreción del rito de pasaje, se torna posible gracias a que los más jóvenes comienzan a forjar redes de cooperación con otros integrantes del mundo periodístico. Para abordar la problemática, se recuperaron centralmente los enfoques de la escuela del newsmaking y los aportes de la sociología del trabajo del interaccionismo simbólico. Las nociones de mundo social, carrera ocupacional, ritos de pasaje y redes de cooperación han sido herramientas analíticas centrales de este texto que aborda la etapa inicial de socialización de periodistas jóvenes en el espacio de las redacciones. Se comprende el periodismo en términos de mundo social, como una actividad que se desarrolla en espacios de interacción cuyas fronteras son flexibles, donde importa tanto la participación de periodistas como de otros actores no necesariamente aferrados a las lógicas del mundo periodístico, pero cuya intervención es clave para completar el trabajo que realizan cotidianamente los medios.

The purpose of this study is to analyse the rites of passage of young journalists during their professional integration in the newsrooms of two Argentine newspapers: Página/12 and Tiempo Argentino. In an ethnographic study conducted between 2011 and 2015, the authors investigated the learning process and experiences of media newcomers during their training as journalists in the context of their work routines in both newsrooms. Since the practice of journalism in Argentina does not require membership to a collegial body and is not controlled by formally established standards, the analysis focused on the informal conventions or rules shaping newcomers as they begin to perceive themselves, and are seen by others, as journalists. Markers by which this process is measured often include influential events and the forging of links with news sources. These circumstances take place and the rites of passage take shape as the young journalists begin to create networks of cooperation with other members of the journalistic realm. To address the point in question, the authors mainly applied principles from the newsmaking school of thought and the sociology of work from a symbolic interactionism perspective. Social world, careers, rites of passage and cooperative networks were the principle analyt- ical tools used in this study, which addresses the initial phase of the socialisation of young journalists in the newsroom. Journalism is understood in terms of the social world—as an activity that develops in spaces of interaction with flexible boundaries where the participation of journalists and other actors does not necessarily depend on the logic of the journalistic world, but whose presence and agency are key to carrying out the daily work of the media.

Este artigo tem como objetivo analisar os rituais de passagem de jovens jornalistas durante a etapa de inserção nas redações de dois jornais argentinos: Página/12 e Tiempo Argentino. A partir de um estudo etnográfico realizado entre os anos 2011 e 2015, investigamos as aprendizagens e as experiências que os recém-chegados na mídia impressa passaram durante sua formação como jornalistas tendo como base as rotinas de trabalho em ambas as redações. Uma vez que, na Argentina, o exercício do jornalismo não exige participação em um colegiado ou seguimento de regras formalmente instituídas, a análise incidiu sobre convenções ou regras informais segundo a qual os jovens começam a se perceber e a serem percebidos pelos demais como jornalistas. Essas práticas remetem especificamente à identificação dos fatos noticiáveis e à construção de um vínculo com as fontes de informação. A realização de ambas as práticas e a concretização do rito de passagem tornam-se possíveis graças ao fato de que os mais jovens começam a forjar redes de cooperação com outros membros do mundo jornalístico. Para abordar a problemática, recuperamos os enfoques da escola do newsmaking e as contribuições da sociologia interacionista do trabalho do. As noções de mundo social, carreira, ritos de passagem e redes de cooperação têm sido ferramentas analíticas centrais deste texto que abordam o estágio inicial de socialização de jovens jornalistas no espaço das redações. O jornalismo é entendido em termos do mundo social, como uma atividade que se desenvolve em espaços de interação cujas fronteiras são flexíveis, onde importa tanto a participação de jornalistas como de outros atores não necessariamente vinculados às lógicas do mundo jornalístico, mas cuja intervenção é chave para completar o trabalho que realizam cotidianamente os meios de comunicação.

Cet article a pour objectif d’analyser les rites de passage des jeunes journalistes lors de la phase d’insertion professionnelle dans les salles de rédaction de deux journaux argentins : Página / 12 et Tiempo Argentino. Lors d’une étude ethnographique réalisée entre 2011 et 2015, nous avons enquêté sur les apprentissages et les expériences vécues par les nouveaux arrivants dans les médias au cours de leur formation de journaliste dans le cadre de routines de travail dans les deux salles de rédaction. Étant donné qu’en Argentine l’exercice du journalisme n’exige ni l’appartenance à un organe collégial ni le contrôle des normes formellement instituées, l’analyse s’est centrée sur les conventions ou règles informelles selon lesquelles les jeunes commencent à se percevoir et à être perçus par d’autres, en tant que journalistes. Ces pratiques font spécifiquement référence à l’identification des événements intéressants et à la construction d’un lien avec les sources d’information. La réalisation de ces deux pratiques et la concrétisation du rite de passage deviennent possibles grâce au fait que les plus jeunes commencent à créer des réseaux de coopération avec d’autres membres du monde journalistique. Pour aborder la problématique, les approches de l’école du newsmaking et les apports de la sociologie du travail de l’interactionnisme symbolique ont été principalement mis à contribution. Les no- tions de monde social, de carrière, de rites de passage et de réseaux de coopération ont été les principaux outils d’analyse de ce texte, qui aborde la phase initiale de socialisation des jeunes journalistes dans l’espace des salles de presse. Le journalisme est compris en termes de monde social, comme une activité qui se développe dans des espaces d’interaction aux frontières flexibles, où la participation de journalistes et d’autres acteurs ne dépend pas nécessairement des logiques du monde journalistique, mais dont l’intervention est centrale pour réaliser le travail quotidien des médias.