Hacia un análisis territorial del estado en el marco de la minería metalífera: Un estudio de Bajo de la Alumbrera en Catamarca y de Veladero en San Juan, Argentina (1993-2019)

Abstract

En Argentina, la expansión geográfica de la cadena global de valor de la minería metalífera por lixiviación tuvo como proyectos pioneros a los yacimientos de Bajo de la Alumbrera y de Veladero en las provincias de Catamarca y de San Juan respectivamente, tras la adhesión de ambos aparatos estatales subnacionales a la Ley nacional de Inversiones Mineras establecida en 1993. En ese proceso, se produjeron nuevas configuraciones escalares (Swyngedouw, 2010) y nuevas formas de autoridad política territorial. En este sentido, la promoción de la minería metalífera a gran escala no implicó una retirada del estado, sino una marcada intervención estatal, social y espacialmente selectiva, que privilegió un arreglo escalar, normativo y de infraestructuras territoriales favorable para las inversiones extranjeras directas en explotación intensiva para la exportación masiva de commodities minerales. Desde estas coordenadas, se plantean dos objetivos interrelacionados, en consideración de la complejidad que acarrea el análisis del estado en el contexto de la globalización y la concomitante intensificación de las múltiples formas de las relaciones sincrónicas que coexisten entre espacios distantes. Por un lado, se recuperan discusiones y elementos teórico-metodológicos para un análisis territorial del estado, desde una perspectiva relacional, no-determinista, contextualizada y situada. Por el otro, se analiza el rol del estado, en sus distintos niveles y poderes, en la explotación de Bajo de la Alumbrera (1997-2018) y Veladero (en curso desde 2005). Al respecto, interesa identificar rasgos comunes respecto de los procesos de re-escalamiento del estado y de la selectividad estratégica estatal internalizada en cada régimen extractivista.

In Argentina, the geographic expansion of the global value chain of metalliferous mining by leaching was pioneered by the Bajo de la Alumbrera and Veladero deposits in the provinces of Catamarca and San Juan respectively, following the accession of both subnational state apparatuses to the national Mining Investment Law established in 1993. In this process, new scalar configurations (Swyngedouw, 2010) and forms of territorial political authority were produced. In this sense, the promotion of largescale metalliferous mining did not imply a withdrawal of the state, but rather a strong, socially and spatially selective state intervention, which privileged a scalar, normative and territorial infrastructural arrangement favourable to foreign direct investment in intensive exploitation for the massive export of mineral commodities. From these coordinates, two interrelated objectives are proposed, considering the complexity of the analysis of the state in the context of globalization and the concomitant intensification of the multiple forms of synchronic relations which coexist between distant spaces. On the one hand, discussions and theoretical-methodological elements are recovered for a territorial analysis of the state from a relational, non-deterministic, contextualised and situated perspective. On the other hand, the role of the state is analysed, at its different levels and powers, in the exploitation of Bajo de la Alumbrera (1997- 2018) and Veladero (ongoing since 2005). In this regard, we are particularly interested in identifying common features regarding the processes of state rescaling and the strategic state selectivity internalised in each extractivist regime.

Na Argentina, a expansão geográfica da cadeia de valor global da mineração por lixiviação foi pioneira nos depósitos de Bajo de la Alumbrera e Veladero nas províncias de Catamarca e San Juan, respectivamente, após a adesão de ambos os aparatos estatais subnacionais à Lei de Investimento em Mineração nacional estabelecida em 1993. Nesse processo, foram produzidas novas configurações escalares (Swyngedouw, 2010) e formas de autoridade política territorial. Nesse sentido, a promoção da mineração em larga escala não implicou a retirada do Estado, mas sim uma intervenção estatal forte, social e espacialmente seletiva, que privilegiou um arranjo infraestrutural escalar, normativo e territorial favorável ao investimento estrangeiro direto na exploração intensiva para a exportação maciça de commodities minerais. A partir dessas coordenadas, são propostos dois objetivos inter-relacionados, considerando da complexidade da análise do Estado no contexto da globalização e da intensificação concomitante das múltiplas formas de relações sincrônicas que coexistem entre espaços distantes. Por um lado, recuperam-se discussões e elementos teórico-metodológicos para uma análise territorial do Estado a partir de uma perspectiva relacional, não determinista, contextualizada e situada. Por outro lado, analisa o papel do Estado, em seus diferentes níveis e poderes, na exploração de Bajo de la Alumbrera (1997-2018) e Veladero (em andamento desde 2005). Nesse sentido, estamos particularmente interessados em identificar características comuns em relação aos processos de redimensionamento do Estado e à seletividade estratégica do Estado internalizada em cada regime extrativista.