Gobernar los alimentos y producir población: La agroecología en la trama del desarrollo

Abstract

El objetivo del siguiente artículo es analizar un problema de gobierno del desarrollo en la producción de la agroecología. A partir de un trabajo de campo realizado con personas que producen en transición del modelo convencional al agroecológico, en la zona sur del periurbano bonaerense, surge la pregunta acerca de cómo una serie de discursos y prácticas, que son movilizadas desde instituciones estatales de desarrollo rural y desde Universidades Nacionales, modelan la subjetividad de los actores y crean modos de ser específicos. Estos se identifican específicamente en eventos como la(s) asamblea(s) de productores/as y consumidores/as y en las formaciones acerca del uso y preparado de bioinsumos. La hipótesis general de este trabajo es que en la trama del desarrollo rural emerge una nueva población en el sector hortícola que actualiza la definición de lo rural y agrario en Argentina. La novedad que se observa está fundada por un cambio de prácticas y por formas originales de protesta y acción que se identifican hace menos de una década en la movilización agraria argentina. La perspectiva metodológica adoptada es cualitativa y la información que sustenta este artículo está basada en el trabajo de observación y participación junto con una organización de productores/as. Se complementa con información secundaria y el análisis de otros trabajos que sirven de antecedentes.

The objective of the following article is to analyze a problem of development governance in agroecology production. From field work carried out with people who produce in transition from the conventional to the agroecological model, in the southern area of the Buenos Aires peri-urban area, the question arises about how a series of discourses and practices, which are mobilized from state institutions of rural development and from National Universities, they model the subjectivity of the actors and create specific ways of being. These are specifically identified in events such as the assembly(s) of producers and consumers and in training on the use and preparation of bioinputs. The general hypothesis of this work is that, in the framework of rural development, a new population emerges in the horticultural sector that updates the definition of rural and agrarian in Argentina. The novelty that is observed is based on a change in practices and by original forms of protest and action that were identified less than a decade ago in the Argentine agrarian mobilization. The methodological perspective adopted is qualitative and the information that supports this article is based on observation and participation work together with a producer organization. It is complemented with secondary information and the analysis of other works that serve as background.

O objetivo do artigo que se segue é analisar um problema de governação do desenvolvimento na produção agroecológica. Com base num trabalho de campo realizado com pessoas que produzem em transição do modelo convencional para o modelo agroecológico na zona periurbana sul de Buenos Aires, coloca-se a questão de saber como uma série de discursos e práticas, mobilizados pelas instituições estatais de desenvolvimento rural e pelas universidades nacionais, moldam a subjetividade dos actores e criam modos de ser específicos. Estas são especificamente identificadas em eventos como a(s) assembleia(s) de produtores e consumidores e em acções de formação sobre a utilização e preparação de bioinsumos. A hipótese geral deste trabalho é que, no tecido do desenvolvimento rural, surge uma nova população no sector hortícola que actualiza a definição de rural e de agrário na Argentina. A novidade observada baseia-se numa mudança de práticas e em formas originais de protesto e ação que foram identificadas há menos de uma década na mobilização agrária argentina. A perspetiva metodológica adoptada é qualitativa e a informação que sustenta este artigo baseia-se na observação e participação junto de uma organização de produtores. É complementada por informação secundária e pela análise de outros trabalhos que servem de base.