Artículo
A fines del siglo XX, el antropólogo francés Maurice Godelier complejizó el legado maussiano sobre el dominio del intercambio al interrogarse por el res-guardo de objetos en una sociedad no occidental. Su complejización demostró que la conservación es tan fundamental para la vida social como el intercambio. En este artículo abordo la conservación de bienes de interés cultural como emblema desde un enfoque antropológico de lo público. La fundamentación empírica se basa en una institución de resguardo de objetos comunitariamente reconocidos de una ciudad ubicada en la región centro bonaerense. El argumento que construyo exotiza la investidura sagrada de la conservación a partir de la descripción de tareas cotidianas en la realidad empírica estudiada. El trabajo se estructura en tres partes. En la primera, sitúo el tratamiento de lo público desde algunas contribuciones de la teoría social del siglo XX y comienzos del XXI. En la segunda, me centro en la relación entre el Iluminismo francés y la apertura pública de la institución patrimonial. En la tercera y última, recupero observa-ciones de un trabajo de campo etnográfico para mostrar el estropeo como figura nativa que atenta contra el marco deontológico de la práctica de resguardo y que se opone a la valoración de la limpieza que hacen los actores al homologar subjetivamente la institución con el espacio doméstico. In the late twentieth century, French anthropologist Maurice Godelier complexified the Maussian legacy on the domain of exchange by questioning the safeguarding of objects in a non-Western society. His complexification showed that the domain of conservation is as fundamental to social life as that of exchange. In this paper I address the conservation of cultural property as an emblem from an anthropological approach to the public. The empirical foundation is based on an institution that safeguards community recognized objects in a city located in the central region of Buenos Aires. The argument I construct exoticizes the sacred investiture of conservation from the description of daily tasks in the empirical reality studied. The paper is structured in three parts. In the first one, I situate the treatment of the public from some contributions of the social theory of the twentieth century and the beginning of the twenty-first century. In the second, I focus on the relationship between French Enlightenment and the public openness of the heritage institution. In the third and last one, I recover observations from an ethnographic fieldwork to show the spoiling as a native figure that goes against the deontological framework of the safeguarding practice and opposes the actors’ valuation of cleanliness by subjectively homologating the institution with the domestic space. No final do século XX, o antropólogo francês Maurice Godelier complexificou o legado maussiano do domínio do intercâmbio, questionando a salvaguarda dos objectos numa sociedade não ocidental. A sua complexificação mostrou que o domínio da preservação é tão fundamental para a vida social como o domínio do intercâmbio. Neste artigo, dirijo-me à conservação dos bens culturais como emblemática de uma abordagem antropológica ao público. A fundação empírica baseia-se numa instituição que salvaguarda objectos reconhecidos comunalmente numa cidade localizada na região central de Buenos Aires. O argumento que construo exalta a sagrada investidura da conservação através da descrição das tarefas quotidianas na realidade empírica estudada. O artigo está estruturado em três partes. Na primeira, situo o tratamento do público a partir de algumas contribuições da teoria social do século XX e início do século XXI. Na segunda, concentro-me na relação entre o Iluminismo francês e a abertura pública da instituição do patrimonio. Na terceira e última secção, recorro às observações do trabalho de campo etnográfico para mostrar como a deterioração como figura nativa vai contra o quadro deontológico da prática de salvaguarda e se opõe à valorização da limpeza por parte dos actores através da homologação subjectiva da instituição com o espaço doméstico.
La conservación como emblema desde un enfoque antropológico de lo público
Título:
Conservation as an emblem from an anthropological approach to the public;
A conservação como emblema de uma abordagem antropológica do público
A conservação como emblema de uma abordagem antropológica do público
Fecha de publicación:
05/2023
Editorial:
Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Ciencias Antropológicas
Revista:
Runa
ISSN:
0325-1217
e-ISSN:
1851-9628
Idioma:
Español
Tipo de recurso:
Artículo publicado
Clasificación temática:
Resumen
Palabras clave:
CONSERVACIÓN
,
EMBLEMA
,
PATRIMONIO
,
LO PÚBLICO
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Citación
Keheyan, Karen Gisele; La conservación como emblema desde un enfoque antropológico de lo público; Universidad de Buenos Aires. Facultad de Filosofía y Letras. Instituto de Ciencias Antropológicas; Runa; 44; 2; 5-2023; 123-136
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