Artículo
A macro argentina sob a tutela do FMI
Fecha de publicación:
12/2018
Editorial:
Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior
Revista:
Revista Brasileira de Comercio Exterior
ISSN:
0102-5074
Idioma:
Portugues
Tipo de recurso:
Artículo publicado
Clasificación temática:
Resumen
Assinalamos no texto que, do ponto de vista das políticas, o novo programa é internamente consistente. Suasprojeções para o futuro parecem, em contrapartida,excessivamente otimistas e não contemplam a eventualidade de cenários alternativos menos favoráveis. Desdobramentos adversos podem ocorrer, em virtude dos seguintes cenários:? As projeções não consideram a possibilidade de dificuldades no cumprimento dos objetivos fiscais ocasionadas pela resistência social às políticas de ajuste. Em particular, em matéria de evolução da despesa em salários, que se projetam ligeiramente declinantes em relação ao PIB; das transferências às províncias (que já obtiveram, na recente negociação do orçamento, compensações por diferentes vias); e da redução de subsídios às tarifas. Ademais, a desaceleração da inflação trará, paradoxalmente, efeitos contraproducentes no gasto público indexado (pensões, ?Asignación Universal por Hijo ? AUH? e outros gastos sociais). Somado a isso, o efeito na arrecadação tributária decorrente da redução do PIB.? Do ponto de vista do investimento público, o ajuste projetado espera compensar sua drástica redução mediante o mecanismo das Parcerias Público-Privadas (PPP). Entretanto, os elevados níveis de risco país e os escândalos de corrupção que envolvem as principais empresas que prestam serviços ao Estado tornam muito improvável que a compensação esperada tenha lugar.? Não se contempla um cenário alternativo onde o fechamento do mercado financeiro internacional seja mantido, gerando problemas de liquidez e sustentabilidade da dívida externa. Os níveis de risco país, que permanecem em torno dos 700 pontos básicos a despeito do apoio do Fundo, e o complexo cenário internacional sugerem que essa possibilidade é um cenário que precisa ser levado muito em conta.? Um cenário dessa natureza, além do mais, reforçaria a incerteza no mercado de divisas e a eventualidade de uma nova crise cambial.? Finalmente, as projeções para o nível de atividade no ano próximo preveem uma redução do PIB muito inferior à absorção doméstica, assumindo, implicitamente, que o aumento das exportações líquidas atenuará a redução da atividade. Isso só seria possível se esse aumento resultar de um significativo incremento das exportações. Porém, um aumento da magnitude requerida para tornar consistentes as projeções de evolução do PIB e da absorção doméstica é praticamente impossível. A rigor, o aumento das exportações líquidas seria consequência do aprofundamento da queda das importações que, dada sua complementaridade com a evolução do produto (mediante compras de insumos e bens de capital), reforçará em vez de atenuar a queda promovida pela redução da absorção doméstica.? Em resumo, trata-se de um acordo cujo efetivo cumprimento implica custos econômicos e políticos muito elevados, principalmente se levarmos em conta que no próximo ano serão convocadas eleições presidenciais. Além do mais, o cumprimento em tempo e forma das condicionalidades impostas pelo acordo não está garantido. No entanto, um cenário de incumprimento seria ainda mais custoso para o governo, e suas consequências econômicas mais graves.
Palabras clave:
FMI
,
MACROECONOMIA ARGENTINA
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Citación
Rozenwurcel, Guillermo; Albrieu, Ramiro; A macro argentina sob a tutela do FMI; Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior; Revista Brasileira de Comercio Exterior; 137; 12-2018; 1-11
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